Aqueles que sofriam eram logo notados e rejeitados. Ninguém queria o energúmeno (energúmenos, grego, possuído pelo demônio) por perto. Assim, nos recuados tempos, os loucos eram escorraçados para fora dos muros das cidades ou embarcados em lúgubres navios, Naus dos Loucos, e despejados em longínquas terras nas quais ficavam à mercê de si mesmos. Essas naus singraram mares até o século 16.
A loucura se tornou o não ser da razão. Ou seja: uma exclui a outra, se identificam e se isolam. Como resultado prático, somente há a loucura porque existe a razão, e quem não a possui, o louco, precisa ser separado dos normais.
Alguns eram tidos como insubordinados ao trabalho e perturbadores da ordem pública. Por isso, muitos acabaram trancafiados em casas de internamento, juntamente com prostitutas, doentes venéreos e criminosos de todo o gênero.
Quanto aos tratamentos, tentava-se curar o alienado mental de várias maneiras, porém, todas bizarras. No início do século 19, propunha-se aplicar aos insanos choques sensoriais.
Fonte: Revista “Ser Médico”
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