Mediunidade na adolescência é algo natural?
Allan Kardec nos ensina que a mediunidade está presente em todos nós. E ainda, ela é inerente de classe social, nacionalidade, gênero ou religião. Em algumas pessoas ela é aflorada e em outras ela está inerte.
E a mediunidade na adolescência, é algo natural?
No programa Juventude Maior, Norberto Gaviolle, disse que a mediunidade na adolescência não é algo simples, porém, é natural. Já Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, nos ensinou:
Não há limite preciso na idade. Depende inteiramente do desenvolvimento físico e mais particularmente do desenvolvimento psíquico.
Ainda no programa, Norberto, nos lembrou que o espiritismo começou através de duas jovens irmãs (Julie Baudin e Caroline Baudin) que psicografaram quase todas as questões de O Livro dos Espíritos durantes as reuniões familiares que foram dirigidas por seus pais e assistidas por Allan Kardec.
Os jovens podem ou não estudar e desenvolver a mediunidade? Quais são os fenômenos que podem surgir durante este processo?
De acordo com Norberto Gaviolle, os jovens não só podem como devem desenvolver a mediunidade.
A mediunidade é uma capacidade, uma faculdade que nós temos de nos comunicar com os espíritos. E isso ocorre desde o instante que nós nascemos.
Já em relação aos fenômenos, o comunicador apresentou uma linha do tempo sobre a nossa evolução nesta encarnação. Confira:
- Dos 0 aos 7 anos, a criança vai aprendendo a conviver com aquele corpo e vai recebendo informações, por exemplo, através dos chamados “amigos imaginários”.
- 7 aos 14 anos, ela começa a refletir sobre as informações que está recebendo.
- Dos 14 aos 21, ela coloca em cheque: o que ela foi com o que deveria ser. Isso acaba gerando um conflito e ela acaba interpretando como uma confusão mental que evidentemente é. Porém, existe a interferência de espíritos.
As perturbações que ocorrem durante a adolescência, em que muitas vezes, achamos que estamos viajando são interferências de espíritos que atuam em cima da mediunidade, Norberto Gaviolle.
- A partir dos 21, o indivíduo define o que vai ser. Segundo Norberto Gaviolle, ele parte para o que deseja ser, com isso, define a sua personalidade.
Então, apesar deste momento de turbulência não ser definido como atividade mediúnica, ela é. Tanto que os jovens veem espíritos, tem premonições, são intuitivos. E só não levamos em consideração porque existem os chamados “cacoetes nas casas espíritas que crianças e adolescentes não podem ser médiuns.
Centros espíritas e a mediunidade na adolescência
Como foi dito acima muitos centros apresentam dificuldades para lidar com os jovens médiuns. Por isso, muitos falam para eles lerem o Livro dos Médiuns, ou então, pedem para voltarem quando tiverem 18 anos.
O que o jovem pode fazer enquanto não acha um lugar que o acolha?
De acordo com Norberto Gaviolle, como é uma interferência, o jovem deve estar consciente disso, e por isso, deve conversar com o espírito que o acompanha. E esse diálogos é assessorado pelo espírito protetor, “anjinho da guarda”.
Como o centro deve agir? Como ele pode ajudar no desenvolvimento da mediunidade?
O centro espírita deve acolher, esclarecer e oferecer oportunidade para que o jovem se forma na casa. E ainda, o tema “mediunidade na adolescência”, deve ser discutido nas reuniões de diretoria para que a própria encontre soluções para isso.
Sabemos que a adolescência não é um período fácil. Muitos jovens, acabam não se preocupam com suas responsabilidades. Entretanto, o centro não pode inviabilizar o início das tarefas daquelas que apresentam uma sensibilidade mais aflorada. Ele deve tar estímulo e atenção e não desconfiança e indiferença.
Para finalizar, devemos nos lembrar que nem todos os adultos estão isentos dos cuidados, afinal, de acordo com Allan Kardec:
Há crianças de doze anos a quem tal coisa afetará menos do que a algumas pessoas já feitas (O Livro dos Médiuns)”
Quer saber mais sobre a mediunidade na adolescência? Confira os programas a seguir:
Faça uma doação pelo site: feal.colabore.org

FUNDAÇÃO ESPÍRITA ANDRÉ LUIZ |||
